terça-feira, agosto 26, 2008

Jamais revele que traiu

foto: reprodução

Não é novidade para ninguém que a cada dia as mulheres vêm conquistando seu espaço. Queimaram seus sutiãs, deixaram os fogões, pegaram as estradas, comandam suas famílias, possuem cargos de diretoria e ainda traem seus namorados e maridos. E aí preparada para trair? As histórias se acumulam de mulheres que sufocadas e desiludidas em seus relacionamentos decidiram experimentar pular a cerca e conhecer esse outro lado, antes pisado apenas pela maioria dos homens. A explicação disso está no fato de que atualmente as mulheres têm mais oportunidades para consumar tal ato, são independentes, donas de sua vida e não mais meras coadjuvantes da cena. Não que trair seja o ideal comportamento feminino para se seguir, mas que a traição deixou de ser um pesadelo exclusivo das mulheres, isso deixou. Então homens, comecem a cogitar a possibilidade de fazer o papel de traído! Se agíssemos como em alguns países mulçumanos, poderíamos até apedrejar as adúlteras, assim como eles fazem. Aqui as coisas são bem diferentes, caminhamos para a igualdade dos sexos e isto está totalmente fora de cogitação. A traição sempre machuca ambas as partes envolvidas. Seja ela feita para terminar um relacionamento ou para ter certeza se é com aquela pessoa que você realmente quer ficar. Traz remorso, fazendo a pessoa traída desacreditar de seguir em frente e conhecer um novo amor ou ainda pode deixar o sentimento de culpa e arrependimento de que traiu alguém que confiava em você. Bom mesmo é não trair e se trair jamais revele que traiu. Essa revelação só causará dor e destruição!

terça-feira, agosto 19, 2008

Mentirinhas

Sabe aquele dia em que você não está afim de ver ninguém, quer mesmo é ficar em casa, despenteado, com seu velho e bom moleton, um DVD e só o edredom de companhia? Pois bem, é neste momento que o telefone toca, uma, duas, e não sei mais quantas vezes. Amigos, parentes, vizinho, paqueras e afins te convidando para sair, insistindo nas chamadas e a única saída e soltar uma mentirinha. Se lembra da última vez em que mentiu? Nem vem dizer que nunca mentiu, já está mentindo para você mesmo. A verdade é que todos nós mentimos e quando mentimos, acabamos em algumas situações nos entregando. A mentira começa cedo. Quando crianças, mentimos para evitar a bronca dos pais, por insegurança e até mesmo criamos aquelas mentiras fantásticas e inacreditáveis do imaginário infantil. Existem algumas mentiras que são consideradas aceitáveis, aquelas que não causam mal a ninguém. Por exemplo, aquele que fica se elogiando na frente do espelho, dizendo que é o bom ou o mais lindo do planeta. Quando você encontra o ex, o chato da faculdade, dizendo que foi bom revê-lo, sendo que na verdade você quer mesmo é distância do sujeito. E na situação em que você concorda com todas as baboseiras que o outro diz só para não render o assunto, pura mentira! Ganhar um presente que odiou e dizer que adorou, essa aí aprendemos desde pequenos. Sem contar as mentiras esfarrapadas inventadas para se esquivar de algumas situações. E se formos competir. Quem conta a melhor mentira? Os homens, as mulheres ou o seu tio pescador? Vence quem tiver maior habilidade no uso das palavras, sem se esquecer das expressões corporais, que num deslize denunciam o mentiroso. É pouco provável que a mentira seja eliminada algum dia da humanidade. Ainda não anunciaram a extinção dos políticos. Se ela for contada para evitar conflitos, pode ser considerada uma boa ação, do contrário torna-se antiético. Só tome cuidado para não se tornar um usuário compulsivo das mentiras. Mentira atrás de mentira vicia, tem perna curta e nariz grande. Depois de tanta mentira dita, não há bisturi nem tratamento que possa resolver o problema!
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sábado, agosto 09, 2008

Morar Sozinha

A última decisão que ela tomou sentada na sala da casa de seus pais em relação a sua vida, pelo menos naquele momento, é que sairia de casa para morar sozinha. Dia em que sua mãe botou o coração pela boca, ultrapassando a preocupação de quando ela resolveu sair para fazer intercambio. Não queria esperar o casamento para sair de casa, queria mesmo viver uma nova situação, na verdade, casar nem estava em seus planos a médio prazo. Juntou suas coisas e foi procurar seu novo endereço.
- Então, é você a nova moradora do 801?
- Sou sim.
- Ah! Casou?
- Não, vim morar sozinha!
Alguém pode me dizer se existe algum decreto que impeça uma mulher de sair de casa sem antes se casar para morar sozinha? Como não existe, logo no primeiro mês morando sozinha, ela descobriu que poderia atravessar a casa pelada sem nenhum problema para pegar a tolha que tinha esquecido pendurada no varal, enquanto tomava seu banho. Nem precisa dizer que de cara ela adotou o look “nu em casa”. Descobriu também que teria que decorar os dias para pagar suas contas, muitas contas. Notou que o chinelo deixado no meio da sala, assim como o jornal em cima do sofá e a louça na pia, ninguém tirou do lugar. Que o problema do pardal fazendo ninho em sua janela era só seu e que a roupa suja estava ali para ser lavada, estendida e passada! Nem imaginava que toda casa tem sua rotina para funcionar. Achava que o papel higiênico não acabava do lado da privada e que o lixo ia embora sozinho esperar o caminhão de coleta. Morar sozinha para ela era também abrir uma lata de leite condensado à uma da manhã, não dar satisfação para ninguém de onde foi, comer muita bobagem e depois engordar, observar a geladeira e a fruteira sempre vazias e saber preparar aquele miojão como ninguém. Por a mesa para ela mesma, deixar o sono chegar junto da TV ligada sem concorrentes para o controle remoto. Chegar em casa, não encontrar ninguém na sala e já tirar o sutiã. Morar sozinha fez ela crescer, amadurecer e ter suas responsabilidades. Sem dúvida uma fase de aprendizado em sua vida, onde aprendeu a se virar sozinha, sentir-se mais segura, estar de bem consigo mesma e talvez quem sabe, estar mais preparada para encarar o tão cobrado casamento.

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sábado, agosto 02, 2008

Da uma pegadinha...

Enquanto esperava na fila para pagar o estacionamento, me distraia sem querer com a conversa alta de duas mulheres que estavam a minha frente. Falavam de tudo e o mais impressionante, além da inconveniência da voz alta, era a habilidade delas em mudar de assunto, não deixando escapar nada. Foi quando uma mulher com a comissão de frente turbinada passou por nós e num perfeito ensaio, elas disseram juntas num tom de desaprovação: “Deve ser silicone!”

Então me veio à pergunta, porque as mulheres estão colocando peito de silicone, sendo que a preferência nacional fica atrás e mais em baixo? O padrão de beleza feminino no Brasil mudou, os quadris largos agora dividem espaço com seios fartos, firmes e sensuais. Hoje implantar próteses de silicone, deixou de ser privilégio apenas de modelos e atrizes. Em busca da perfeição, da auto-estima, por vaidade, sedução, as mulheres não medem esforços para valorizar ainda mais sua feminilidade. E os homens? A maioria deles só tem a agradecer a invenção do século XX, da lhe o silicone!

Na mesma fila ouvi do cara que estava atrás, pensando alto enquanto a mulher passava: “Nossa, que maravilha!” Cada vez mais os homens querem admirar as mulheres com sua auto estima elevada, seus belos seios e de tabela se beneficiarem com algo que sempre estará ali, no mesmo lugar, vencendo a gravidade em grande estilo.

”Eu costumo dizer que minha vida se divide no antes e depois do silicone” – foram estas as palavras de uma amiga recebendo outras após sua cirurgia. Se for visitar uma nova siliconada, não deixe de levar um presente. Nada melhor que presenteá-la com um 44, o mais novo provável número de seu sutiã, de fato, já terá dado adeus ao seu velho sutiã de número 40. Geralmente nessas visitas é um tal de “dar uma pegadinha” para conferir como ficou o resultado. Coisas que fazem parte e são as próprias novas adeptas do silicone que se oferecem orgulhosas, para tal experimento.

O silicone realmente traz mudanças, influência no estilo de vida, faz a mulher renovar o guarda-roupa, a amar ainda mais o decote. A turbinada ganha um novo jeito de dançar, de agir. É pintar uma oportunidade e ela logo sai por aí desfilando de biquíni, aprova o que vê no espelho e de quebra, se livra do enchimento. Assim como diria Fernando Veríssimo: “O silicone nada mais é que a interiorização daquele enchimento que elas usavam no sutiã...” e que agora, não querem nem saber o que ele anda enchendo.
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