segunda-feira, março 24, 2008

Ouro Preto será?

foto: reprodução

Que vida é essa, que nos permite viver sensações e que a todo momento balança e movimenta nossos sentidos? Sensações essas, que às vezes são óbvias, e outras nem tanto.

Chove lá fora e a velocidade permitida é de 80 km/h. Conversa boa rolando até a chegada do destino, Ouro Preto. E é no caminho para a cidade Patrimônio da Humanidade, que as sensações começam a dar seus sintomas: sensação de já ter feito parte desta história, época em que o ouro saía das Minas Gerais rumo a Portugal, lá para o final do século XVII.

Aproveite o clima barroco e ajoelhe-se no confessionário. Confesse que na verdade o que queria mesmo era usar as roupas da época, morar num daqueles casarões, pedir ao Pai Nosso em cada uma das dezoito igrejas coloniais, sentir o clima da cidade rodeada por montanhas, por fim, subir e descer as sacrificantes ladeiras.

É perambulando por uma dessas ladeiras que topo com a deusa grega Afrodite, divindade do amor. Será que ela tem endereço fixo por aqui? Difícil saber. Só descobri que do nome dela, surgiram as crenças lendárias dos estimulantes sexuais. Em seus pertences, muitos afrodisíacos, amendoim, ovos de codorna, chifres de rinocerontes trazidos da Ásia, bebidas e algumas plantas do imaginário popular.

Ouro Preto sempre inspirou e inspira. Foi uma amiga quem falou, ou melhor, sentiu: “Ouro Preto é Afrodisíaca!” Acredito que, por essa Afrodite não esperava e nem Ouro Preto!